Como cuidar da saúde bucal de bebês prematuros? veja dicas!

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COMO CUIDAR DA SAÚDE BUCAL DE BEBÊS PREMATUROS? VEJA DICAS!

Não é novidade que o parto prematuro requer cuidados extras para o bebê. Mas, o que poucos sabem é que, a saúde bucal também é um fator que merece atenção especial. Isso porque o quadro pode resultar em alterações na cavidade oral e nos dentes que exigem acompanhamento odontológico. Para entender melhor os cuidados com a saúde bucal de bebês prematuros, nós conversamos com a dentista Dóris Rocha, de São Paulo. Confira e saiba como agir nesse caso!

ENTENDA COMO O PARTO PREMATURO PODE AFETAR A SAÚDE BUCAL INFANTIL

De maneira geral, todo recém-nascido deveria realizar adequadamente a sucção e a deglutição simultaneamente à respiração nasal. Embora pareça simples, essa prática é a grande responsável por favorecer o aleitamento materno. No caso de um bebê prematuro, existem mudanças na cavidade oral que podem dificultar esse processo. 

“Esta condição pode ser devido à própria prematuridade fisiológica e neurológica ou pela presença de alguma condição sistêmica que interfira na habilidade do bebê em respirar naturalmente e receber a alimentação por via oral”, revela a profissional. Para tratar o quadro, pode ser necessário a utilização de dispositivos, como a intubação orotraqueal e sonda orogástrica. 

A saúde bucal do bebê prematuro também pode ser afetada devido às alterações orofaciais. “Mudanças morfológicas e funcionais no sistema estomatognático, por exemplo, aumentam os riscos de atresia palatina e de deficiência na qualidade de funções, como sugar, deglutir, mastigar e falar”, conta Dóris. Além disso, o parto prematuro também pode causar hipoplasia ou a hipocalcificação do esmalte dentário, que favorece a sensibilidade, a cárie dentária e a alteração oclusal.

MANTER UMA BOA HIGIENE BUCAL ESTÁ ENTRE OS PRINCIPAIS CUIDADOS COM A SAÚDE BUCAL DOS BEBÊS PREMATUROS

Você já deve ter notado que é importante manter a saúde bucal dos bebês prematuros, certo? Ainda assim, é comum que surjam dúvidas em relação ao que deve ser feito na prática. Para esclarecer essas questões, a especialista cita cinco medidas fundamentais para saúde bucal infantil nesse caso:

Sempre que possível, escolha o aleitamento materno para garantir a saúde bucal infantil

Não existem dúvidas de que o leite materno é fundamental para nutrir o bebê. No caso de gestações prematuras, a importância é ainda maior, já que o alimento estimula o crescimento e o desenvolvimento adequado da criança. “O leite materno favorece a boa formação dos dentes do bebê que estão embaixo da gengiva, além de promover o equilíbrio da relação entre os maxilares nos primeiros meses de vida”, conta a dentista. 

Justamente por isso, quanto mais tempo durar a amamentação maiores serão as chances de um desenvolvimento das estruturas orofaciais. Para surpresa de alguns, isso pode evitar o uso de aparelhos ortodônticos no futuro, bem como favorecer as funções da mastigação e fala.

Invista em uma dieta saudável para favorecer a saúde bucal dos bebês prematuros

Pode até parecer óbvio, mas estimular a introdução de alimentos complementares contribui para a saúde bucal infantil. Nesse caso, é preciso seguir as orientações do médico pediatra e a evolução de consistência dos alimentos: pastoso, semi-sólido e sólido para estimular as funções orais e o aprendizado da mastigação. “Uma medida importante é oferecer alimentos saudáveis, evitando o uso do açúcar, principalmente, até os dois anos de idade. Além disso, vale estabelecer uma rotina de horários para refeições e lanches”, aconselha a profissional.

Evite o uso de chupetas

Sempre que possível evite o uso de chupetas após a alta hospitalar. “Caso haja o uso, opte por conversar com o odontopediatra sobre o modelo, a frequência do uso e das possíveis repercussões do seu uso”, afirma.

Aposte em uma boa higiene oral para cuidar da saúde bucal de bebês prematuros

Quando ocorre a alimentação correta combinada ao aleitamento materno, os primeiros dentes de leite do bebê prematuro costumam surgir a partir de nove meses de vida. “Nesta fase, é preciso estabelecer uma rotina de refeições seguindo as recomendações do médico pediatra e não oferecer açúcar ou produtos que contenham açúcar até os 2 anos de idade”, revela Dóris.

Outra medida para cuidar da saúde bucal infantil é iniciar a higiene oral com uma escova dental pequena de cerdas macias e com pasta de dentes com flúor. Nesse caso, vale ressaltar que a quantidade de creme dental utilizada deve ser equivalente a um grão de arroz cru.

Não esqueça das consultas odontológicas para acompanhar a saúde bucal do bebê

odontopediatra não consegue reverter as complicações causadas pelo parto prematuro. No entanto, é importante manter as consultas periódicas para acompanhar a saúde bucal infantil para evitar futuros problemas. “As ações devem acontecer a partir de um monitoramento odontológico dinâmico e com intervalos de acordo com a necessidade individual”, finaliza a dentista. 

 

Este artigo tem a contribuição do especialista:
Dóris Rocha Ruiz – Especialista em odontopediatria e mestre em Ciências pela disciplina de Endocrinologia da Faculdade de Medicina da UNIFESP. Membro do Grupo de Saúde Oral da Sociedade de Pediatria de São Paulo e consultora da Global Child Dental Fund (UK).
CRO-SP: 38458

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Flúor na higiene bucal: conheça os benefícios, como usar, presença em alimentos e mais

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Flúor na higiene bucal: conheça os benefícios, como usar, presença em alimentos e mais.

A saúde bucal depende de uma série de cuidados com a cavidade bucal. O uso e consumo de flúor, por exemplo, é o principal deles. Embora seja um elemento de pouco destaque na tabela periódica, ele é um grande aliado para a saúde do seu sorriso e fazemos uso dele todos os dias, mesmo sem se dar conta. Além disso, o flúor também possui uma poderosa ação no combate às doenças bucais comuns, como a cárie.

Mas será que você sabe como incluí-lo na sua rotina de higiene bucal? E os cuidados necessários para utilizá-lo? Pensando em esclarecer o assunto, reunimos aqui tudo o que você precisa saber sobre o flúor. Confira!

ENTENDA A FUNÇÃO DO FLÚOR NA SAÚDE BUCAL

Esqueça aquela velha história de que o flúor traz prejuízos aos dentes e à saúde bucal. De acordo com o dentista Felipe Furquim, o mineral é capaz de proteger o esmalte dentário do processo de desmineralização – que nada mais é do que a perda de minerais. Geralmente, esse processo ocorre devido o consumo excessivo de alimentos ácidos, como refrigerante, e até mesmo a má higiene bucal. “É uma guerra para manter o dente forte. Os ácidos provenientes das bactérias e dos alimentos removem o mineral dos dentes e o flúor ajuda a devolver esse mineral para o esmalte”, explica o profissional.

Nesse sentido, o flúor funciona como um aliado no combate ao surgimento da cárie – que é causada por tipos específicos de bactéria, que produzem ácidos que corroem o esmalte do dente e a dentina. “A presença contínua de pequenas quantidades de flúor no meio bucal ao longo de toda a vida do indivíduo é indispensável para que o efeito preventivo se manifeste com a formação de fluoreto de cálcio na etapa de remineralização”, revela o cirurgião-dentista Pablo Pause.

OS BENEFÍCIOS DO FLÚOR PARA SAÚDE BUCAL

Quando usado corretamente, o flúor pode trazer benefícios para sua saúde bucal que vão além da prevenção de cáries. Veja abaixo as vantagens desse mineral presente em diversos produtos de higiene oral:

– O uso correto do flúor diminui os riscos de cáries nos dentes;
– O flúor ajuda no fortalecimento do esmalte dentário e previne a desmineralização da estrutura dentária;
– A utilização do flúor pode impedir a proliferação de bactérias na cavidade bucal, funcionando como uma barreira para diversas doenças bucais.
– O flúor reduz os riscos de quebras e fraturas nos dentes;
– Tratamentos feitos com flúor podem fortalecer a estrutura dentária, impedindo a sensibilidade dentária.

O USO DO FLÚOR PODE VARIAR DE ACORDO COM A NECESSIDADE DO PACIENTE

Quando o flúor é aplicado por um profissional, o intervalo de aplicação sobre a superfície dos dentes é de seis meses. Ainda assim, nada impede que o paciente faça uma complementação em casa. Nesse caso, a aplicação também pode variar dependendo da necessidade de seu uso em relação aos indicadores da saúde do paciente. “Nível de atividade, idade ou risco de cárie de cada paciente são fatores que precisam ser levados em conta na hora da aplicação do flúor”, comenta Fátima Zanin.

EXCESSO OU FALTA DE FLÚOR PODEM RESULTAR EM PROBLEMAS BUCAIS

Para garantir todos os benefícios do flúor, é importante achar o equilíbrio perfeito durante o uso do mineral. Isso porque o excesso ou falta do mineral podem trazer prejuízos aos dentes. A falta de flúor, por exemplo, pode tornar um esmalte dental mais solúvel aos ácidos bucais. Na prática, o quadro aumenta os riscos de uma descalcificação que pode progredir para o estágio inicial da cárie.

Por outro lado, o alto teor de flúor pode contribuir para o surgimento da fluorose, que são manchas brancas nos dentes provocadas pela presença excessiva do mineral durante o período de sua formação. “Quando as crianças consomem altas doses de fluoreto, estes são transportados pela corrente sanguínea até os dentes em formação, criando assim, falhas na estrutura cristalina do esmalte”, revela a dentista Fátima Zanin.

A APLICAÇÃO DE FLÚOR PODE SER FEITA ATRAVÉS DE PRODUTOS DE HIGIENE BUCAL E NO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO

Para surpresa de alguns, a aplicação de flúor nos dentes não é feita somente por dentista. Ao identificar a necessidade de reposição do mineral, o paciente também pode optar pelo uso de produtos de higiene bucal que contenham flúor em sua composição. No entanto, é importante ressaltar que a utilização deve ser feita de maneira consciente e com orientação profissional. Dessa forma, é possível definir a quantidade de flúor necessária de acordo com a idade e o quadro do paciente em questão.

Além disso, a dentista Fátima Zanin alerta que pacientes com cáries recorrentes, aftas e sensibilidade dentária devem ter cuidado redobrado durante o uso do flúor. “É necessário usar regularmente os bochechos com flúor, principalmente à noite antes de dormir, para que exista uma melhora em seu quadro”, comenta.

FLÚOR VS. HIGIENE BUCAL INFANTIL: SAIBA COMO O COMPONENTE PODE AJUDAR NA SAÚDE BUCAL DAS CRIANÇAS

A utilização do flúor é fundamental durante a infância. O motivo por trás disso é bem simples: o mineral ajuda no fortalecimento dos dentes. “Ele é de extrema importância no processo de remineralização do esmalte dental, dificultando o desenvolvimento de lesões de cárie”, conta a odontopediatra Mariana Almeida. Durante essa fase, o ideal é que as crianças façam uso de pasta de dentes com flúor – já que é a forma mais fácil e segura de receber esse elemento em casa.

O que pode variar é a quantidade de creme dental usado e a concentração de flúor. “Para prevenção de doenças devem ser realizadas duas escovações diárias com pasta fluoretada com concentração entre 1100 e 1450 ppm de flúor”, recomenda a odontopediatra Mariana Rangel.

Além disso, a recomendação pode variar de acordo com a idade da criança. Para bebês de até 10 kg, por exemplo, a quantidade de pasta deve ser do tamanho de um arroz cru. Já para bebês com mais de 10kg, a quantidade recomendada é igual a de um arroz cozido. Por outro lado, crianças que sabem cuspir devem optar pela quantidade referente a do tamanho de uma ervilha.

O FLÚOR TAMBÉM PODE SER ENCONTRADO EM ALIMENTOS E BEBIDAS

Pode até parecer mentira, mas o flúor está presente em alimentos e bebidas que fazem parte da nossa alimentação. Legumes, verduras e proteínas, como o peixe, são alguns daqueles que contêm flúor em sua substância. Segundo o cirurgião-dentista Max Ferreira, algumas áreas do mundo possuem concentração altíssima em seu solo e isso faz com que o flúor se incorpore aos alimentos, como inhame e a mandioca. Veja, a seguir, algumas das principais fontes desse elemento que estão presentes em nossa rotina.

1) Água
Sim, isso mesmo! A água é uma das bebidas que contêm flúor em sua composição. De acordo com o dentista Robson Caumo, ela é a maior fonte de flúor encontrada na dieta e, por isso, é recomendada sem contra indicações.

2) Arroz e feijão
A mais famosa combinação brasileira também é uma excelente fonte de flúor. Esses dois grãos, juntos ou separados, são capazes de ajudar na manutenção do bom funcionamento bucal.

3) Cebola e alho
Eles podem até ser considerados vilões quando o assunto é hálito, mas quando se trata de reposição de flúor o cenário é bem diferente. Isso porque a cebola e o alho são alimentos comuns na nossa alimentação que podem ajudar na reposição de flúor no organismo.

COMO SABER SE PRECISO APLICAR FLÚOR NOS DENTES?

Se você chegou até aqui, já deve ter notado que o flúor é uma substância que contribui para saúde bucal, certo? Justamente por isso, a sua falta pode, sim, resultar em alguns problemas e incômodos. Mas, o que poucos pacientes sabem é como, de fato, identificar a necessidade de aplicação de flúor nos dentes.

De acordo com o cirurgião-dentista Cláudio de Sá, a presença de cáries recorrentes é o principal sinal de que o paciente precisa do procedimento. Isso porque o mineral funciona como um escudo para os nossos dentes. Ou seja: se você está lidando com o surgimento de cáries recorrentes, isso pode indicar falta de resistência da estrutura dentária. Ele tem a ação de deixá-los mais resistentes às bactérias da cárie.

Outro sintoma comum da falta de flúor é a sensibilidade dentária. Apesar de ser considerado um problema comum, não é normal sentir esse desconforto toda hora. Vá ao dentista e veja se você está precisando de uma aplicação de flúor. “O flúor também pode ser usado como um produto dessensibilizante para combater os incômodos da sensibilidade”, finaliza o profissional.

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Qual enxaguante bucal ajuda a tratar o mau hálito? Entenda se esse produto de higiene bucal é capaz de melhorar a halitose

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Qual enxaguante bucal ajuda a tratar o mau hálito? Entenda se esse produto de higiene bucal é capaz de melhorar a halitose

 

Que o mau hálito é um dos problemas bucais mais temidos entre os pacientes não é novidade. Justamente por isso, é comum que a primeira atitude ao notar esse incômodo seja buscar por alternativas que ajudem a tratar o odor. O uso de enxaguante bucal, por exemplo, é a principal entre elas. Mas será que esse produto de higiene bucal realmente é capaz de tratar a halitose? Para esclarecer essa e outras dúvidas, o Sorrisologia conversou com o dentista Nelson Afarano. Confira!

COMO O MAU HÁLITO SURGE?

O mau hálito – ou halitose, como também é conhecido – pode surgir por uma série de motivos diferentes. De acordo com o especialista, mais de 90% dos casos estão relacionados à cavidade bucal, principalmente devido a presença da saburra lingual, cárie e doenças da gengiva. No entanto, existem outros fatores que também podem resultar nesse incômodo. “A ingestão de certos alimentos, como cebola, alho e temperos, e bebidas alcoólicas pode causar o mau hálito. Da mesma maneira, algumas doenças, como diabetes, sinusite, infecções de garganta e gastrite também podem contribuir para o quadro”, revela o dentista. Além disso, os pacientes que mantêm o uso de algumas medicações específicas, como antidepressivos, também podem apresentar o problema.

O ENXAGUANTE BUCAL NÃO É A MELHOR OPÇÃO PARA TRATAR O MAU HÁLITO

Ao contrário do que se pensa, o uso do enxaguante bucal não ajuda a tratar o mau hálito. Segundo Nelson, essa afirmação não passa de um grande equívoco. “Além de não combater o mau hálito, o enxaguante bucal mascara as verdadeiras causas por trás do incômodo, agravando o quadro e causando uma falsa ilusão que pode resultar em problemas bucais mais graves no futuro”, ressalta o profissional. Isso porque, diferente da escova de dentes e o fio dental, o enxaguante bucal não remove os resíduos e a placa bacteriana da cavidade bucal, que costumam ser os principais responsáveis pelo mau hálito. Ou seja: ele gera apenas uma sensação falsa e passageira de um hálito refrescante.

SAIBA COMO USAR O ENXAGUANTE BUCAL PARA GARANTIR UMA BOA HIGIENE BUCAL

Embora o enxaguante bucal não seja a melhor opção para o tratamento de mau hálito, é importante lembrar que o produto é fundamental para garantir uma boa higiene bucal. Para isso, o especialista alerta que é necessário ter alguns cuidados na hora de escolhê-lo. “Existem diferentes tipos de enxaguantes bucais e cada um possui características específicas. Os que não contém álcool em sua fórmula, por exemplo, são os mais usados, já que a presença do líquido pode ressecar a mucosa e tornar o esmalte dentário mais poroso e suscetível a manchas”, afirma. Além deste, os enxaguantes bucais com flúor também são recomendados, especialmente para prevenir o surgimento de cáries.

Na hora de utilizá-los durante a higiene bucal, o dentista Nelson adianta: o ideal é fazer o bochecho com enxaguante bucal durante um minuto após a última escovação do dia. “Nesse caso, o recomendado é não diluir o produto ou enxaguar a boca com água depois de usá-lo”, finaliza.

Este artigo tem a contribuição do especialista:
Nelson Alfarano – Especialista em implantologia, reconstrução maxilar, cirurgia plástica periodontal e odontologia estética
CRO-RJ: 18163

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